26 de dezembro de 2008

Oh balancê, balancê!

O ano de 2008 foi promissor. Primeiramente porque nasceu este blog coisa linda que fala, sem pretensão, do que acontece no mundo da música independente, diferente ou irreverente, para ouvir e curtir, ou não. Foi um ano de lançamentos (e aja pique para acompanhar tantos), parcerias inusitadas, separações, muitos shows e informação musical de todos os cantos. Um período onde a internet 2.0 nos ajudou a estar pertinho de gente galáctica, que pudemos ouvir três versões boas da mesma música sem culpa, afinal um mash-up sempre cai bem, sem falar em estilos que passam de um simples dub ao eletro-indie-punk-folk-sweeder-lero-bit-fritz, que se você não escutou, ainda há tempo.

Dentro de tantas novidades e avaliações de final de ano, sempre rolam listas, levantamentos, balanços e na música não é diferente, assim pegamos várias listas e fizemos aqui uma seleção dos dez artístas que mais apareceram nas seletas de publicações afora, onde muitos sons foram aqui comentados e outros, deixaremos para destrinchar ano que vem! Pelo menos nas férias não vai faltar tempo para colocar o ipod em dia e acrescentar os bons de 2008 que estão abaixo.

10) Foals: Antidote – Fez um espetáculo no Festival Planeta Terra, deixando o povo elétrico com a sonzeira.
09) Santogold: Santogold – Tem em seu álbum de estréia responsabilidade para manter o mesmo nível e crítica.
08) Adele: 19 - Meninota de 19 anos é formada pela BRIT School, mesma faculdade de Winehouse, com composições próprias conquitou o primeiro lugar na Inglaterra.
07) The Ting Tings: We Started Nothing – Na linha das duplinhas inglesas, faz um eletro-indie referência.
06) Glasvegas: Glasvegas - Quarteto escocês que trás elogios de todos os cantos.
05) Vampire Weekend: Vampire Weekend – Outro quarteto, mas de Nova Yorque que faz um indie classudo, daquele jeito oitentista que a gente adora!
04) Friendly Fires: Friendly Fires – New-rave bate cabelo, estreou com tudo em muitas set lists bacanudas.
03) Little Joy: Little Joy – Com um apego mais que brasileiro da nossa parte, projetinho de morrer de orgulho pela simplicidade aliada aos arranjos e letrinhas que caem muito bem.
02) The Last Shadow Puppets: The Age of the Understatement – Somando Alex Turner (Artic Monkeys) e Mile Kane (The Rascals), não tinha como não ser muito bom.
01) Fleet Foxes: Fleet Foxes - Essa banda é top one em quase todas as listas, mas não é para menos, pois estes norte-americanos conseguem produzir um som de vanguarda mais que bem trabalhado e bom de ouvir em muitas ocasiões, e são deles o clipe bonitinho de He Doesn`t Know Why, que encerra a safra de posts do NapaIndie 2008, para que no próximo ano possamos ter fôlego de, entre tantos projetos, continuarmos fazendo algo que adoramos... ouvir música e contar para os outros!

Fleet Foxes - He Doesn't Know Why


Fim de ano feliz...

talk. feliz natal from Talk Filmes on Vimeo

22 de dezembro de 2008

Demi-sec

Com som instrumental fino e cara de undergroud, a banda intitulada ruído/mm, que significa ruído por milímetro, faz um som autodefinido como o que quiser, sendo pós-rock, art-rock, rock alternativo, tex-mex brazuca, experimental, jazz-rock ou folclórico mesmo, se assim preferir.

Formada por seis integrantes baseados na cidade de Curitiba, os meninos fazem um som entre Mogwai e Yann Tiersen, se é que isso é possível, mas sim, eles conseguem e com muita articulação instrumental fazem um barulho mais que harmonioso, com a guitarra sempre alta aliada a arranjos sensíveis e estão conquistando espaço merecido com o seu terceiro álbum, Praia

O líder do projeto é André Ramiro, que além de puxar o ruído/mm, ainda dá uma mão na agencia Ruído Corporation, que já levou shows a capital paranaense como Medications, Hurtmold e SOL, colocando mais um pontinho no mapa de eventos bons musicais do país.

A banda, que não tem clipe oficial na internet, disponibiliza imagens de show e aqui vai um trecho da apresentação deles no Porão do Rock, mostrando o caminho suave da barulhenta banda.

ruido/mm

19 de dezembro de 2008

Ricos meninos...

Depois de ter uma música no seriado Gossip Girl, o quarteto de New York logo conseguiu um contrato com o selo Atlantic Records e daí para frente não parou mais. Abrindo shows para bandas já famosas, outras nem tando, mas já com grande credibilidade como The Black Kids, The Virgins, liderado por Donald Cumming (rapaizinho desajeitado na beleza e com somente alguns dentes na boca), e mais três coleguinhas ainda com cara de menores de idade, fazem um som indie-rock-dance-punk super maduro, contrariando completamente as aparências dos integrantes.

Apesar da qualidade do som, essa galéra ainda tem muito o que aprender em suas performances ao vivo, pricipalmente pela atuação de Cummming, que com a falta de carisma, faz o show se tornar morno e até mesmo cansativo. Como a banda tem somente seu álbum de estréia, talvez por essa falta de experiência venha a fraca apresentação ao vivo, ainda podemos esperar por um forte crescimento de “palco” e consequentemente musical.

O clipe indicado Rich Girls faz parte do single que mais rendeu fãs para a banda e mostra que eles são bons, pelo menos em estúdio

The Virgins - Rich Girls


Rich Girls - The Virgins

15 de dezembro de 2008

Para quem gosta, tá aí!

Marnie Stern, teve seu segundo álbum lançado ainda esse ano, forrado na mistura indie, rock, punk, passando pelo famoso e quase antigo metal. Apesar de estar super bem cotada por críticos, sendo inclusive considerada por uma revista norte-americana a maior guitarrista de todos os tempos e vista como uma grande revelação e talento em sua guitarra, Marnei irrita.

O Fê passou bons dias ouvindo o álbum e a Maricota recebeu a indicação a saiu a caça do som, na tentativa de entender o porquê dessa falação toda, mas ainda não entendemos. Em suas músicas, fica claro, logo nos primeiros acordes, sua habilidade em tocar as cordas de sua guitarra e nao isso chega a ser suficiente para se fazer um álbum bem jóia, mesmo porque a maneira que a guitarra é tocanda e sua interação com os vocais, é praticamente uma missão impossível, se conseguir entender e/ou ouvir a letra da música, mas fica longe de agradar os Napas aqui de plantão.

Mas como a artísta tem feito muito barulho, em vários sentidos, cabe a vocês terem suas próprias impressões sobre o som e a nós apresentar o que está rolando no mundo sonoro, sem deixar de dar um pitaco!

Marnie Stern - Transformer


Para ouvir

10 de dezembro de 2008

Quer dançar, quer dançar...

Mais um dueto para entrar no glamouroso mundo do NapaIndie, mesmo não sendo tão indie assim. Mais um projeto vindo da Austrália, com aquela pitada eletro que a gente adora, temperada no dance e feita para ir direto ao set list das discotecagens mais batutas, Pnau não é um bom nome, ao contrário da música.

Nick Littlemore e Peter Mayes comandam o projeto desde 1999 e deram as caras pelo selo australiano Peking Duck, que parece estar meio fora de forma atualmente. Com outros projetos paralelos, voltaram a lançar um álbum no ano passado, com título homônimo, e cairam nas graças dos internautas que adoram produções variadas, pois o som dos meninos do Pnau, por mais que definam como eletro, passeia tranquilamente pelo jazz-house, batistaca e afins.

O clipe que estamos postando é fino, não só pelo som, mas pela animação classuda e de super bom gosto que produziram, dando um gostinho do que o meninos ainda tem para mostrar.

Pnau - Journey Agent

8 de dezembro de 2008

Tão bom quanto malte...

Para quem gosta de música boa, Sons & Daughter não é nenhuma novidade, que até postamos já uma música no finado set list de segunda–feira, mas ainda não haviamos diretamente falado nada sobre a banda, assim, vamos lá, afinal “digames com quem andas, que te direi quem és” (ou seria melhor dizer “digame o que quem cantas”?). Bom… a banda está na estrada desde 2001, tocando em outros projetos, lançando EPs, mas em janeiro deste ano, estreou o álbum This Gift, produzido pelo “Suede” Bernard Butler, vem com uma pegada um pouco mais pop, com letras bem dinamicas mas sempre falando de raiva, desespero e com um certo apelo sexual. Inclusive na produção do primeiro álbum The Repulsion Box, há relatos de altas brigas e discussões entre os integrantes, o que não deixa o álbum ruim, mas temperamental. A voz perfeita de Adele Bethel, com aquele sotaquinho bom da Escócia e bem encaixada, sempre apoiada pelo guitarrista, que enche as produções com de riffs sensacionais, além do vocal, Scott Paterson, fazem uma combinação absurda e nos obriga a dizer que esse álbum deve e pode ser considerado, entre os antecessores, o melhor já lancado pela banda! Para sentir o gostinho dessa obra prima, nada melhor do que ve-los em ação!

Sons & Daughters - Gilt Complex


Para ouvir
Gilt Complex - Sons And Daughters

3 de dezembro de 2008

Nada de novo, mas de bom...

Ladyhawke, nome tirado do filme do diretor Richard Donner, sendo no caso o título o melhor do filme, nasceu na Nova Zelândia e se tornou uma multi-instrumentista de mão cheia, que depois de passar por algumas bandas, resolveu lançar seu projeto solo. Nele encontramos aquela base fortissima dos anos 80, com sintetizadores e teclados, onde as músicas transitam por vertentes de estilos, possuem refrões pegajosos e melodias bem estruturadas. Apesar do estilo não ser nenhuma novidade, todo som bom é bem vindo por aqui, assim, segue o video da música My Delirium, nossa escolha entre outros disponíveis no Youtube, com várias referências bacanas de ilustração e montagem.

Ladyhawke - My Delirium